segunda-feira, novembro 21, 2005

Ao sentimento da distância


Procuro em cada som uma mensagem tua

Corro a casa em espera:

Talvez daqui a pouco...

Só mais uns minutos...

Talvez agora não possa...


Corro a paisagem sem te ver,

Não sei de ti.

Preciso te ver

Preciso de te tocar

Preciso do teu beijo

Do calor do teu corpo

Mas nada...


Nada parece sobrar de nós

O tempo apagou tudo o que existiu.

Sei que não temos futuro...

As vezes que já ouvi isto...

Mas eu não quero o futuro

Quero o presente

Pois é nele que vivo

É nele que sou feliz

É nele que o Universo se realiza.


Compreendo a distância

Ela é a incerteza

Que define a certeza

Do querer ou não querer.


Compreendo a distância...

Essa vil tormenta dos amantes

Que mascara o sentimento

Com sombras de esquecimento.


Não compreendo a distância...


E espero uma mensagem que há de chegar:

Talvez daqui a pouco...

Só mais uns minutos...

Talvez agora não possa...


E neste jogo entre a paciência e a esperança

Entre o nervosismo e a desilusão

Passo os meus minutos

Me torno louco

Do peso do dia

Do peso do mundo

Que agora carrego sozinho


Mas...

Talvez daqui a pouco...

Só mais uns minutos...

Talvez agora não possa...


Não compreendo a distância...

25/Maio/2004

1 Opiniões

Anonymous Anónimo said...

temas adorados pelos poetas que tanto detestam esses sentimentos. é curioso procurar entender (ou pelo menos reflectir) a compelxidade hunmana.. temos sempre a tendência para falar sobre o que mais nos toca e daquilo que nos deixou maior mágoa. o peso infindável do dia e o sentimento de castração pela ausência assola-nos a todos e transform-nos no mais profundo aedo dos tempos antigos..

Ana

quarta-feira, 23 novembro, 2005  

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